Adolescentes

Consulta do Adolescente

A consulta do adolescente é um espaço destinado a pensar as questões e dúvidas que podem emergir nesta fase da vida, nomeadamente, com o corpo, a sexualidade, as escolhas profissionais e o futuro.

  • A consulta do adolescente visa apoiar a difícil tarefa de deixar a infância e inscrever-se num percurso pessoal rumo ao mundo dos adultos com todos os receios, medos, zangas, frustrações, sucessos, mudanças e expectativas que tal acarreta. Os desafios sentidos neste percurso podem vir a manifestar-se através de dificuldades em lidar com a imagem corporal, com as relações íntimas e a sexualidade, em reorganizar a relação com os pais devido ao conflito entre a dependência parental e a progressiva autonomia do projecto pessoal, ou à necessidade de corresponder a certas expectativas e experiências por parte do grupo de amigos. Por vezes estas mesmas questões podem ganhar contornos mais problemáticos dos quais se destacam as perturbações alimentares, as perturbações depressivas e ansiosas, as crises psicogénicas, o desinteresse pelo projecto escolar, comportamentos auto-lesivos, comportamentos disruptivos e o consumo de substâncias.
  • A consulta do adolescente tem como propósito a reflexão e elaboração das problemáticas que emergem durante esta fase da vida de modo a consolidar as bases e a suportar o desenvolvimento de um projecto de vida que responda de forma harmoniosa à satisfação e realização pessoal e às exigências familiares, escolares e profissionais.
  • A consulta do adolescente decorre de uma parceria estreita com o psicólogo sendo que a frequência e duração da intervenção apresenta um carácter variável que depende do grau da problemática e das necessidades sentidas pelo adolescente.

Consulta para Pais

Esta consulta destina-se a acolher e avaliar as preocupações e dúvidas que os pais podem sentir relativamente aos seus filhos. 

  • As preocupações e dúvidas que os pais geralmente apresentam relativamente aos seus filhos prendem-se com alterações do comportamento ou do humor (ex: agressividade, isolamento, humor depressivo e oscilações de humor); com fixações e regressões do desenvolvimento emocional, com alterações dos padrões do sono (insómnias iniciais ou matinais, interrupção do sono, terrores nocturnos) ou da alimentação (recusa e controlo da ingestão de alimentos ou voracidade oral). 
  • As consultas para pais servem para determinar se as dificuldades que os jovens possam estar a vivenciar resultam de desafios inerentes às diversas tarefas do desenvolvimento emocional ou se constituem uma problemática que necessita de uma intervenção especializada (médica, educativa, psicológica, etc…). 
  •  As consultas para pais são constituídas por um conjunto determinado de sessões (entre três a seis sessões) e visam a avaliação e análise da problemática apresentada e a prescrição de um conjunto de medidas a adoptar por parte dos pais.

Psicoterapia do Casal Parental

Porque, por vezes, a intuição não chega e em certas situações é preciso pensar a melhor forma para ajudar os nossos filhos a crescer.

  • A psicoterapia do casal parental visa apoiar e pensar o exercício da parentalidade em situações de conflitos conjugais, processos de separação ou divórcio, ou em casos cuja condição dos filhos coloque um desafio particular ao casal: doença mental, doença física, e perturbações de oposição da primeira infância ou da adolescência.
  • A psicoterapia do casal parental consiste num processo de análise dos vínculos estabelecidos entre o casal e os filhos e implica a exploração da história familiar e dos seus conflitos e dificuldades.
  • A frequência e duração da psicoterapia varia de acordo com as necessidades sentidas pelos pais mas, habitualmente, decorre com uma frequência semanal ou quinzenal e estende-se por um período compreendido entre três meses a dois anos. 

Psicoterapia Familiar

Porque as famílias, ao longo do seu caminho, deparam-se com crises e mudanças, perdas e doenças, zangas e separações, nascimentos e novas configurações sobre as quais é preciso reflectir.

  • A psicoterapia familiar visa acolher as dificuldades, crises e mudanças que as famílias encontram ao longo do seu percurso. O seu principal objectivo é a  promoção de vínculos familiares mais robustos, compreensivos e apoiantes que permitam suportar a adversidade com que o grupo familiar se pode estar a confrontar. As problemáticas mais usuais na psicoterapia familiar prendem-se com situações de adopção, a emergência de dificuldades no período da adolescência dos filhos, a reorganização do núcleo familiar, o nascimento de um novo elemento e a perda de um dos pais ou, mesmo, de um filho.
  • A psicoterapia familiar constitui uma possibilidade para comunicar e trabalhar os conflitos intrafamiliares através do aprofundamento da história da família, das suas problemáticas específicas, das suas tensões e sofrimento conjunto.
  • A psicoterapia familiar implica a presença de elementos de pelo menos duas gerações e decorre com frequência semanal ou quinzenal em períodos de seis meses a três anos.

  • A avaliação psicológica estrutura-se a partir de um pedido relativo a uma queixa, preocupação ou dificuldade apresentada pela criança ou jovem (ex: atraso na aquisição das etapas do desenvolvimento, dificuldades escolares, problemáticas que se arrastam durante anos e que não têm origem orgânica, etc…).                       
  • A avaliação psicológica é constituída por uma série de entrevistas e de sessões de aplicação de testes que visam investigar o pedido e as possíveis causas para as dificuldades apresentadas, sendo frequente avaliar-se dimensões como a personalidade, o funcionamento mental (competências intelectuais), o desenvolvimento, as aptidões escolares, etc…
  • A realização de uma avaliação psicológica depende de factores inerentes ao desenho da avaliação e à importância dada a cada uma das suas etapas (ex: profundidade da entrevista de anamnese, avaliação da dinâmica familiar ou das interacções entre pais e filhos, número de sessões de observação livre, escolha dos testes e questionários a aplicar, etc…) e à capacidade de execução das provas e testes por parte da criança ou jovem. O número de sessões varia, geralmente, entre três a nove sessões e pressupõe uma sessão final de devolução da avaliação e entrega de um relatório.

Orientação Vocacional

Processo de exploração das capacidades, dificuldades, conflitos e interesses relacionados com a definição da identidade profissional – abordagem clínica.

  • A orientação vocacional visa explorar as competências, aptidões e interesses vocacionais dos adolescentes de modo a que estes possam tomar uma decisão mais consciente no que concerne à escolha do seu percurso académico e/ou profissional.
  • A orientação vocacional realiza-se no final dos ciclos de aprendizagem, respectivamente, no 9º e 12º ano.
  • A orientação vocacional é um processo individual e personalizado que pressupõe um conjunto de cinco sessões estruturadas compostas por: uma entrevista clínica,  três sessões de aplicação de testes (avaliação da cognição, da personalidade, dos tipos de raciocínio, e dos interesses e preferências vocacionais/profissionais) e uma sessão final de devolução dos resultados e entrega de um relatório aos pais.