Conferência: A dor sem nome na rota do tráfico humano

Comentário:

“Em “A Confusão das línguas entre os adultos e a criança” Ferenczy refere que a identificação ao agressor significa a sua introjecção psíquica, ou seja, a criança submetida a uma violência que esmaga a sua integridade e constituição psíquica apropria-se simultaneamente, – no seu interior – do seu agressor. Transformar o agressor real numa realidade psíquica é a única solução possível que se parece afigurar para poder manejar e, consequentemente, sobreviver psiquicamente ao atentado que lhe está a ser cometido – é que a dimensão intrapsíquica, como Ferenckzy refere, “pode ser transformada e modelada de maneira alucinatória” (…) e a agressão deixa de existir enquanto realidade exterior e estereotipada. Protegida de forma ilusória pela anulação fictícia da realidade exterior, será através de um transe traumático que a criança se manterá investida num outro lugar. Resta saber que lugar?”

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